No primeiro filme da série, os caminhos de Lisbeth Salander se cruzam com os de Mikael Blomkvist, um jornalista que investiga e denuncia os poderosos. Ele trabalha na revista “Millennium” – uma publicação pequena, independente.
No momento em que Lisbeth e Mikael se encontram, ele acabara de perder uma ação na justiça contra um dos homens poderosos – e corruptos – que denunciou. Com a condenação, Mikael perdeu todo o seu patrimônio: não apenas o dinheiro que tinha conseguido guardar em uma vida apertada, como o maior bem de um jornalista decente, de um homem íntegro: sua credibilidade.
Lisbeth Salander olha para Mikael Blomkvist com algo próximo da ternura. Não são muitos os homens bons na sua vida. Ela o ajuda não por acreditar no que ele acredita, ela o ajuda por acreditar nele.
Mas, diferentemente de muitos, Lisbeth não acredita em quase ninguém. Ela é uma hacker – e o único movimento coletivo possível em que ela acredita é aquele onde os indivíduos não sentem o cheiro da pele um do outro, cada um seguro na sua toca.
Lisbeth Salander é andrógina, miúda e parece anoréxica. Come junk food, fuma um cigarro atrás do outro, circula pela noite underground. Parece frágil, mas é forte. E se vinga.